Douglas Alvarez, diretor Comercial da Unidade de Negócios Enterprise do Grupo Binário.
Douglas Alvarez, diretor Comercial da Unidade de Negócios Enterprise do Grupo Binário.

Pesquisa anual encomendada pela Abes (Associação Brasileira das Empresas da Software) e realizada pela IDC revelou que o setor de Tecnologia da Informação no Brasil faturou cerca de R$ 130 bilhões em 2014, um crescimento de 6,7% na comparação com 2013. Crescer é sempre positivo, mas o resultado divulgado reforça um movimento de desaceleração frente a anos anteriores, nos quais o setor crescia a taxas de “dois dígitos”.

Já se sabe que um dos principais motivos para essa desaceleração é a variação cambial. Quando considerada, ela mostra que o setor perdeu terreno na moeda norte-americana. De acordo com estudo recente, a indústria de TI movimentou US$ 60 bilhões em 2014, contra US$ 61,6 bilhões no ano anterior. Em 2013, o instituto de pesquisa fixou o dólar a R$ 1,955 enquanto no ano passado a taxa foi de R$ 2,162.

As vendas de Software responderam por US$ 11 bilhões e Serviços representaram US$ 14 bilhões do total no ano. O levantamento mostrou que Hardware retraiu, registrando US$ 35 bilhões.

A pesquisa também revelou que o país, sétimo maior mercado consumidor de TI no mundo, corresponde a 46% do faturamento da América Latina. Esta representatividade também vem caindo: em 2013, o Brasil representava 47,4%. O Sudeste concentrou 61% dos investimentos em tecnologia da informação no Brasil em 2014, seguido pelo Sul (com 14%), Centro-Oeste (11%), Nordeste (10%) e Norte (4%).

De acordo com o presidente da Abes, Jorge Sukarie, o cenário para os próximos meses será desafiador. Contudo, o executivo reforça a mensagem de oportunidades criadas a partir de novas tecnologias, estimando um crescimento do mercado de TI da ordem de 7,3% em 2015.

Nós já abordamos em outro post aqui no blog as oportunidades que as novas tecnologias podem trazer. Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas de Informática no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação até 2022, a TIC (Tecnologia da Informação e Telecomunicações) será quase 11% do PIB brasileiro.

Por fim, a pesquisa da Abes revisou as dez tendências para o mercado brasileiro de TI apresentadas pela IDC no começo deste ano. Algumas delas foram reforçadas, enquanto outras atualizadas como reflexo do momento econômico brasileiro:

  1. Serviços móveis e serviços profissionais de redes corporativas impulsionarão o segmento de telecom.
  2. Mobilidade corporativa focará em processo.
  3. Dispositivos móveis é um avanço irreversível.
  4. Ampliação do mercado de segurança, impulsionado por mobilidade e nuvem.
  5. Internet das Coisas ganha visibilidade.
  6. Aumento no interesse em big data/analytics.
  7. Terceira plataforma exigirá evolução dos desenvolvedores.
  8. Software seguirá adicionando inteligência ao hardware.
  9. Infraestrutura e serviços para cloud estarão no centro das atenções.
  10. Linhas de negócio ganham peso.

Confira a pesquisa na íntegra no link: http://goo.gl/3lVrCj

Fontes:

http://goo.gl/YPA6wl

http://goo.gl/dn0z66

http://goo.gl/3lVrCj