Martha Leite é gerente de negócios do Grupo Binário.
Martha Leite é gerente de negócios do Grupo Binário.

Muito se fala que a TI de uma empresa deve ser bimodal, ou seja: composta por uma ‘TI de classe empresarial’ – responsável por entregar serviços eficientes, com excelência e confiabilidade – e ‘TI oportunista’ – atenta a novas oportunidades, demandas por inovação, para criação de novos modelos de negócios.

Na prática, a primeira responde por suportar o ambiente de negócios, enquanto a segunda é mais flexível e ágil, acompanhando tendências e criando soluções inovadoras para demandas pontuais.

O Gartner há tempos vem batendo nesta tecla – inclusive, foi a consultoria que cunhou o termo ‘Bimodal’. Mas, ainda que este novo modelo de gestão esteja incipiente nas empresas, já tem de chamar a atenção de um elo fundamental da cadeia: os fornecedores.

Primeiro passo: os procedimentos rotineiros de sourcing deverão ser revistos se quisermos alcançar bons níveis de desempenho com TI Bimodal. É preciso dar mais velocidade e inovação para adoção deste modelo.
Os CIOs, cada vez mais alinhados às estratégias de negócios das corporações, deverão também alinhar junto aos parceiros todos os processos terceirizados, para que sejam atendidas todas às necessidades dos dois gumes dessa espada: segurança e agilidade.

A economia digital pressiona os setores do mercado a acelerar este processo e trazer a TI para o centro das tomadas de decisões. Os CIOs precisam melhorar suas estratégias para fornecerem um impulso significativo à agilidade da tecnologia da informação de suas organizações. A adaptação da cadeia de fornecimento a esta nova abordagem deve trazer benefícios na agilidade do processo maiores que as táticas tradicionais.

A digitalização das organizações chegou. A visão do Gartner é que, com uma postura tecnológica das empresas menos amarrada, a eficiência operacional passará pelo alinhamento de processos internos tradicionais a uma cultura de desenvolvimento de modelos de negócios, serviços e produtos disruptivos, que contenham tendências como IoT, cloud e client computing, aplicações e infraestruturas definidas por software, segurança… e por aí vai.

Cabe ao CIO liderar essa estratégia digital. Ele tem de estar à frente do processo. Engajar as áreas de negócios e tornar as pessoas o centro desta estratégia. Observar comportamentos, emoções, interações e não só focar-se em processos tradicionais. Por fim, assumir e gerenciar os riscos – pois eles existirão, e serão muitos.

A área de TI está em uma posição de se envolver de forma ampla e intensa nas decisões de orçamento, oferecendo perspectivas-chave à discussão sobre arquitetura, redes, infraestruturas. É hora de propor alternativas que sejam aderentes a este novo cenário, visionando a entrada das empresas nesta tendência que caminha para ser inevitável.

Fontes:

http://goo.gl/mB8plM
http://goo.gl/fkTU9x
http://goo.gl/jBeCpH
http://goo.gl/42gKk4